quinta-feira, dezembro 24, 2009

Feliz Natal

Deixo-vos vídeo feito pela TAP e a ANA que resolveram, no aeroporto de Lisboa, celebrar o Natal de uma forma muito original :)

sábado, dezembro 12, 2009

Continuação post anterior

Aditamento.
Sobre o post anterior, deixo uma versão contrária, um Comunicado enviado pelo próprio acusado Carlos Alberto Machado, que foi difundido pelos OCS:

COMUNICADO DE IMPRENSA
LAJES DO PICO

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA A CARLOS ALBERTO MACHADO


Entre os dias 5 e 7 de Dezembro de 2009, a agência noticiosa LUSA difundiu um texto sobre a eventualidade do signatário ter de devolver à Câmara das Lajes do Pico, cerca de 48 mil euros de salários (das funções de Chefe de Gabinete da Presidência), que alegadamente não deveria ter recebido. A LUSA difundiu o texto, e a RTP-Açores e alguns jornais publicaram-no tal e qual e sem consultar as pessoas directamente envolvidas. Lamento, no mínimo, o criticável nível ético dos órgãos e dos jornalistas que receberam a informação e a veicularam desta maneira.

Quem ouviu ou leu o texto da LUSA pode, legitimamente, ter ficado com a ideia que na Câmara das Lajes do Pico existem ilegalidades ou situações menos honestas com a Presidente, Vereadores e comigo. Nada mais errado. A verdade da Câmara e do Concelho das Lajes do Pico é mais complexa, mas pode resumir-se a isto: em Janeiro de 2006, o PS iniciou uma perseguição política a Sara Santos, do PSD (com o pretexto de que ela não deveria ter-me nomeado, por ser seu marido, para Chefe de Gabinete da Presidência); meteram então ao barulho: Inspecção Administrativa Regional, Procuradoria Geral, Provedoria de Justiça e mais não sei o quê. O resultado de tudo isto – cuja história é demasiado longa e fastidiosa para este espaço – foi que à maioria das questões foi dada razão a Sara Santos; a excepção: um parecer (com 2 votos de “vencidos”) da Procuradoria Geral da República (17/01/2008, comunicada em Março seguinte) em que se considera dever cessar a acumulação de funções na Universidade e na Câmara por “incompatibilidade material” (pg. 38). E foi o que fiz (3 de Março de 2008), mas manifestando o meu desacordo, pois tal parecer, além do mais, coloca uma grave questão de constitucionalidade, discriminando negativamente os Açores e os Açorianos quando têm de dar aulas em instituições do ensino superior no Continente. A lei permite aos membros dos gabinetes de apoio pessoal dos titulares de cargos políticos darem aulas em ensino superior. A PGR interpretou que, no caso de um residente nos Açores, tal não é verdade (!), entendendo, de forma “inovadora”, aquilo que a lei não diz. E aqui é que é importante dar mais informação. Sou Licenciado em antropologia (UNL), Mestre em Sociologia da Comunicação e Cultura (ISCTE) e trabalho há quase 40 anos nas áreas da cultura, comunicação e afins (programador da Expo’98, Assessor do Ministério da Cultura do PS-MM Carrilho, etc.). Com esse saber acumulado, trabalhei 6 anos no Município das Lajes do Pico (comecei 2 anos antes de ser “Chefe de gabinete” e esposo de Sara Santos…). Quem está minimamente atento ao que se passa na Região (e menos interessado em “tricas” e em perseguições da “baixa política”), reconhecerá o muitíssimo que foi realizado nestes anos e para o qual dei, sem imodéstia, um contributo decisivo. A título de exemplo, lembre-se a criação da revista Magma (de prestígio nacional) e da Biblioteca Açoriana (com Urbano Bettencourt), o Boletim Municipal (com excelente qualidade gráfica e de conteúdos), a concepção e direcção/programação do Centro de Artes e de Ciências do Mar (Prémio nacional de Turismo 2008) e do Forte de Santa Catarina (primeiro Posto de Turismo municipal da Ilha do Pico) e, porque o espaço mais não permite, todo o acompanhamento que fiz dos grandes projectos estruturantes do Concelho, nomeadamente, de grandes investimentos, de reordenação urbanística e de tudo o que se relaciona com a cultura baleeira, e de que aqui resultou, já este ano, na aprovação pelo Ministério da Economia/Turismo de Portugal, de um Plano Estratégico de Valorização da Cultura Baleeira das Lajes do Pico, apoiado com mais de 1 milhão e 100 mil euros, que incluirá a construção do Jardim Mágico da Baleia, do Passeio Marítimo, de criação de conteúdos e de promoção internacional do Concelho. Tudo isto e muito mais fiz. E tenho consciência que mexi em algumas “águas paradas”, “descobri a careca” a muitos interesses instalados, fiz ver, com o meu trabalho, que é possível fazer mais e melhor (sem saudosismos balofos). E fi-lo, fisicamente nas Lajes, em Lisboa e em Évora, presente mas também à distância (aquela “coisa”, a Net, sabem?), de manhã, tarde e noite, e aos fins de semana, a 100% (a mais que 100%…). E por isso fui legalmente remunerado. Com o salário legal, que o senhor Vice-Presidente do Governo Regional, dr. Sérgio Ávila, que tutela a DROAP, em resposta a pedido expresso da Presidente Sara Santos, Despachou, em 26 de Junho de 2006, que seria de 2.061 euros/mês (Nota: no mesmo Despacho, o dr. Sérgio Ávila considera que a acumulação de funções na Câmara e na Universidade “é concedida”.); com declarações legais de IRS, etc. Mas alguns senhores do PS não aguentam isto... E pressionam... E o Tribunal de Contas, fazendo tábua rasa da verdadeira situação real e da informação de salários veiculada pela própria Vice-Presidência do Governo Regional, pretende agora que a Presidente e os Vereadores devolvam o salário que honestamente ganhei no período em que também dei aulas na Universidade! Trata-se, ainda assim, de uma mera interpretação dos factos, uma opinião, que cederá perante a boa fé, sempre evidenciada. Portanto, ainda há muita água para correr sob as pontes. Resumindo: a questão que alguma imprensa divulgou não se restringe a uma alegada ilegalidade, tem um substracto que se prende com o PS não querer ter ao serviço do Concelho das Lajes do Pico pessoas competentes que o incomodam e, o mais trágico, todo este processo configurar claramente uma perseguição política, bem ao modo da nova “democracia musculada” que impera em todo o território nacional. Estes e outros factos serão em devido tempo levados ao Tribunal Internacional dos Direitos Humanos.

A finalizar, mais uma informação. O texto que a LUSA divulgou assentou num veículo de nome Hernâni Bettencourt (HB), jovem licenciado em Direito e sobre quem decorre uma investigação da Inspecção Administrativa Regional – telhados de vidro, enfim…: em 12 de Junho de 2008, Sara Santos solicitou à Inspecção Administrativa Regional (IAR) que averiguasse a situação profissional de HB (por alegadas infracções profissionais); em 13 de Abril de 2009, a IAR comunicou a Sara Santos que “averiguou o assunto” e que “aguarda despacho superior” – entenda-se, da tutela, da responsabilidade do senhor Vice-Presidente do Governo Regional, dr. Sérgio Ávila; a quem foi enviado ofício (23 de Julho de 2009) a solicitar o envio das conclusões da averiguação sobre HB: até à data, nada! Duas queixas, dois tratamentos desiguais: mal cheira a coisa do “Chefe de Gabinete”, lá vem a comunicação social…, quando cheira a…, nada!

Peço delicadamente, e com o devido respeito, ao dr. Sérgio Ávila que envie as conclusões da averiguação sobre HB a quem as pediu; e aos senhores jornalistas que fizeram copy-paste das declarações de HB que se dignem abordar esta questão com mais rigor e seriedade.

Obrigado.

E votos de Bom Natal e de Feliz Ano Novo!



Colocada a segunda versão, o que me parece é o seguinte, se me é permitido tendo agora mais informações: o acusado, Carlos Alberto Machado, segundo o Tribunal de Contas, acumulou, ilegalmente, o cargo de Professor Universitário em Évora com o cargo de Chefe de Gabinete do Município das Lajes do Pico. Não há aqui uma incompatibilidade material? Pois claro, mas sem dúvida nenhuma. O argumento de que o trabalho se faz pela net é um argumento que não colhe. Um chefe de gabinete tem de estar presente, auxiliar o Presidente, efectuar as tarefas típicas pelas quais lhe pagam. E como tal, como sujeito às regras de contratação pública, tem o dever de assiduidade e pontualidade (não deve ser lido: entrar as 9h em ponto e sair às 5h; mas sim, efectivamente estar a par das situações, daí a sua presença física mais do que necessária). Por outro lado, a incompatibilidade material vai mais longe: a meu ver teria fundamento pelo acusado ser casado com o seu superior, quando ambos exercem cargos públicos. Só por si, isto deveria consubstanciar uma incompatibilidade, bem mais grave que o distanciamento temporal.

Por fim, parece-me que o comunicado é um chuto para a frente. À questão que suscitou a abertura do inquérito - incompatibilidade - Carlos Alberto Machado diz que se trata de uma "mera interpretação dos factos". Pois, é esse o papel dos magistrados, advogados, juízes e do mais leigo cidadão (aqui a comentar). O apuramento dos factos foi feito. Ele tem direito a contestar, é certo. Mas vê-se na argumentação que se conforma (como não poderia deixar de ser) em relação a esta questão. E o Comunicado é um chuto para a frente porque desvia a questão dizendo que o acusante - Hernâni Bettencourt - anda a criar uma campanha conspirativa tal e tal... O que me interessava aqui era saber de que forma foram usados os dinheiros públicos. Essa questão foi resolvida pelo Tribunal de Contas (pag. 30: Montante a repor 48 395, 05€, a dividir pela Presidente e pelos Vereadores).

sexta-feira, dezembro 11, 2009

PSD ou PS (neste caso é o PSD)... não vale tudo

A Sara foi presidente da Câmara das Lajes do Pico, nos Açores, até Outubro último. E, nessa qualidade, nomeou chefe de gabinete seu marido, docente na Universidade de Évora. Sim, Évora, ali no Alentejo. Parece que ia aos Açores um ou outro fim-de-semana, o que é natural: ia ver a Sara. A senhora foi eleita pelo PSD, o que não é relevante. O Tribunal de Contas decidiu a devolução de cerca de 50 mil euros de remunerações auferidas pelo «chefe de gabinete», mas relevante mesmo é o «conceito» de «serviço público» do «capital humano» que circula no interior das estruturas partidárias.

Tomás Vasques

Retirado do blog hojehaconquilhas

E confirmado pelo Público

Salvo se houver um desmentido, esta situação é uma verdadeira vergonha. O PSD deveria dar exemplo e tomar uma posição mais forte em relação à sua autarca. Para uns pode ser filosofia (não do Direito mas da Política). Para mim é uma questão de sentido de dever público (e não privado!).

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Desejos ao pai Natal (1)

Um dia (noite), a minha passagem de ano será num sítio destes :)

sábado, dezembro 05, 2009

Falsas escutas de Vara e Sócrates

Chegou ao nosso mail, dois documentos digitalizados que, alegadamente, seriam as transcrições das escutas entre Armando Vara e José Sócrates. No entanto, reforçe-se o alegadamente. Porque, à vista de todos, estas escutas, que, aliás, já são do conhecimento da generalidade dos bloggers e jornais, são falsas. Porquê? Diz-nos o jornal i:

Face Oculta

Transcrição falsa das escutas a


Sócrates circula na net

por Adriano Nobre, Publicado em 05 de Dezembro de 2009 | Actualizado há 3 horas
Fonte da investigação diz ao i que não há transcrições das escutas. Apenas "sumários"
Opções
Tem um carimbo da Comarca do Baixo Vouga, uma referência aos Serviços do Ministério Público e a indicação "extracto da transcrição" com três datas: 30 de Junho, 19 de Agosto e 4 de Setembro. São, supostamente, transcrições das conversas telefónicas entre José Sócrates e Armando Vara, que tanta polémica geraram n as últimas semanas, no âmbito das "escutas" do processo Face Oculta. Circularam ontem pela internet, através de emails, blogues e redes sociais, transformando-se rapidamente no tema de conversa do dia. Mas sem fundamento: o documento é falso.

Segundo fonte da investigação do processo Face Oculta contactada pelo i, a veracidade do documento que ontem circulou é logo desmontada pela base: ao contrário da ideia alimentada no discurso político das últimas semanas, as conversas entre José Sócrates e Armando Vara nunca terão sido transcritas na íntegra, tendo sido apenas alvo de sumários, resumos e descrições dos temas abordados nos telefonemas. Ou seja, seria impossível ter acesso a extractos das transcrições integrais das conversas, pelo simples facto de não existirem.

Para lá das questões relacionadas com a substância do documento, várias fontes judiciais desvalorizaram o assunto pela apresentação incorrecta: as transcrições oficiais de escutas são feitas em papel timbrado da PJ, não utilizam a expressão "transcrição da conversa" mas antes "sessão" e são apresentadas em folhas numeradas. Nenhum destes critérios é cumprido no documento que ontem circulou. Além disso, a própria forma como são apresentados os diálogos entre Sócrates e Vara levanta fortes dúvidas sobre a veracidade das conversas: o registo é demasiado formal e distante do registo habitual de uma conversa oral.

Contactada pelo i, fonte do gabinete do primeiro-ministro desvalorizou o tema: "Obviamente, não há qualquer comentário a fazer", respondeu. Até ao fecho desta edição, Armando Vara não esteve disponível para comentar estas "transcrições".

Do ponto de vista jurídico, a produção do documento falso, com recurso a carimbos do Ministério Público, levanta também questões sobre a possível prática de crimes de falsificação de documentos ou de crimes contra órgãos de soberania.

Ricardo Rodrigues

O deputado Ricardo Rodrigues

Ricardo Rodrigues promete ser um dos grandes animadores desta (curta) legislatura, tal o nível dos disparates que tem proferido. Hoje lembrou-se de vir com uma teoria da conspiração muito curiosa, que não lembrava nem ao mais criativo inventor de factos políticos. Segundo o deputado, Manuela Ferreira Leite já conhecia o teor das escutas entre José Sócrates e Armando Vara no mês de Junho. A lógica disparatada desta ideia justifica-se pela afirmação que Manuela Ferreira Leite fez em Junho passado, quando defendeu que José Sócrates mentiu quando disse que desconhecia o negócio entre a PT e a Media Capital. Esquece-se que muitos acusaram Sócrates de tal facto, inclusive uma notícia de primeira página do Expresso que nunca chegou a ser desmentida pelo PS.

Em primeiro lugar temos de agradecer ao deputado ter confirmado que José Sócrates mentiu na Assembleia da República, facto esse que coloca Ricardo Rodrigues como o primeiro socialista a admitir que temos um PM mentiroso. Isso só lhe fica bem. Mas será que o deputado acredita mesmo que se essas escutas tivessem sido do conhecimento do PSD antes das eleições, elas não teriam acabado por chegar à Comunicação Social? Será que o deputado acredita que, num acto magnânimo, o PSD ignorou este verdadeiro escândalo do processo "face oculta" em plena campanha eleitoral? Há coisas que me espantam que sejam sequer suscitadas por deputados da nação. Esta é uma delas. Só posso concordar com o que diz o António Almeida: isto foi uma manobra de diversão. Ridícula e falhada, acrescento eu.


Nuno Goveia

Retirado do Cachimbro de Magritte, um dos bons blogs da blogosfera.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Bom fim-de-semana

sábado, novembro 21, 2009

Rua Sésamo

LOL

sábado, outubro 31, 2009

Autárquicas 2009

Eleições autárquicas de 2009.

A nível local.
A 6 meses das eleições, se o PSD apresentasse exactamente os mesmos candidatos de há 4 anos, corria a suspeita de que talvez não ganhasse. Seria, desta vez, finalmente na opinião de dos socialistas, que o PS lá chegaria.

O que se passou é que o PSD não apresentou exactamente os mesmos. Uma mudança, e uma mudança significativa. Duarte Silveira renunciou ao seu mandato, (como afirmou, por razões pessoais) e como tal e porque certamente não quereria, não foi o candidato pelo Partido. Mesmo que quisesse, a opinião última, sempre defendi, cabe aos militantes, nem que seja para nos responsabilizar pela escolha que fazemos.
Julgo tratar-se de uma mudança significativa porque há a mudança de rosto, mudança não só de estilo de liderança mas também de visão.
Aires Reis, entrou para concluir os 6 meses de mandato, e, foi o escolhido pelos militantes (que o elegeram para a CPC) para se candidatar pelo PSD. Uma escolha natural, lógica e que eu via como a melhor. Tem experiência (o que é, no seu caso, uma vantagem, não um defeito), conhece bem o estado da Autarquia, sabe o que é necessário fazer, transmite segurança a quem trabalha na Câmara e a quem vive no Concelho. Além do mais, facto que as pessoas nem sempre vêm, é um político inteligente. Não tenham dúvidas disso. A sua escolha é uma escolha na continuidade (porque está ligado à gestão da autarquia, embora não como Presidente) e simultaneamente uma escolha que tem uma visão para a Calheta. Há uma fase que foi iniciada em mandatos anteriores que tem de ser concluída, e que é fundamental (concluir acessos a casas de quem precisa, embora não se resuma a isso), e há uma outra fase que eu diria que cabe bem no slogan "Calheta com futuro", slogan interessante mas que com um fundo branco só transmite vazio de ideias e propostas. Ora bem, aí o eleito Presidente da Câmara pode intervir. Acho muito interessante conceber um plano estratégico a longo prazo para o desenvolvimento da Calheta, neste caso freguesia (desculpem as restantes, mas é a freguesia onde cresci e vivo (vivi?)e sobre a qual tenho maiores referências).
É preciso não só pensar no dia de hoje e de amanhã sem sabermos para onde queremos ir. Avultado, megalómono e imaginário, dirão alguns. Bom, é um projecto que envolve todos os parceiros, públicos e privados. Só assim se conseguirá concretizar o plano. Envolve Governo Regional (que concerteza quererá o fracasso deste plano), Município (que quererá a sua concretização), Juntas de Freguesia (porque todas saírão beneficiadas com a dinamização da sede do Concelho - para não dizer coração do Concelho, por forma a não ferir sensibilidades) e, muito importante, os privados. Que não fiquem à sombra dos dinheiros públicos e que invistam, injectem dinheiro criando riqueza, emprego e dinâmica.

Pelo que ouvi da campanha, pouco presencialmente, mas mais por relatos, o PSD fez uma boa campanha, limpa, transparente e séria. Mostrou o que queria para as freguesias e para o Concelho e não entrou nem em histerismos nem desesperos de última hora. Não gastou fortunas também na distribuição de brindes partidários. Não fundou um jornal que de independente tem pouco e cujo financiamento tenho as maiores dúvidas (até porque o seu Director é Director da Santa Catarina, empresa detida pelo Governo Regional...), como não andou a promover mega jantares todos os fins-de-semana, como não tinha uma carrinha (como o PS), estacionada, todo o santo dia, no cais, numa zona de grande movimentação, como não andou, além do mais, via Governo Regional, a distribuir paletes de cimento que em S.Jorge, nunca se viram em tamanhas quantidades como agora, como não andou a prometer empregos na Câmara e a fazer chantagem com a hipótese de abertura do Fumeiro de Santo Antão, depois de nas reuniões de Câmara alertarem para o excesso de funcionários. Ah, também o PSD não andou a reboque do PS relativo ao projecto de requalificação da orla frente marítima da Calheta. O arquitecto, bem que deve ter tido algumas insónias só para concluir o projecto socialista, à última encomendado. Existem mais razões para recusar o voto no PS? ou mesmo para censurar os socialistas por este tipo de comportamentos?

Vamos às freguesias:

Calheta: Tó Viegas e a sua equipa, (nomeadamente o sr. João Gabriel e a sra. Luísa Santo) tiveram uma grandíssima vitória. Aumentou o número de votos em relação a 2005 (também pelo aumento de recenseados), embora a distância em relação ao PS tenha encurtado. Facto normalíssimo. Em 2009, convenhamos, o candidato, politicamente (e só), era um pouco melhor - ou pelo menos devia ser (embora, já se sabe que candidatos empurrados pela cúpula nunca dão bons resultados)! Julgo que esta vitória permitirá ao Tó pensar em voos mais altos, se ele assim o quiser. No entanto, devagar, com cautela, sem demasiados entusiasmos. A prudência é uma virtude. Uma nota digna de registo e que nada tem de pessoal: por 1 voto o PSD conseguiu ultrapassar o PS no nº de votos para a Câmara. Deve-se a todos quanto no PSD votaram. Desde Leovigildo que o PSD não ganhava na sede de concelho. Um sinal de mudança muito importante. Nem que seja apenas psicológica.

Ribeira Seca: Enorme vitória moral (e política) do Décio Pereira. Uma chapada de luva branca nos cobardes que lançam boatos, insinuações, calúnias e difamações. Com esses sou implacável e até o meu maior inimigo teria a minha solidariedade. Não é este o caso, em relação à primeira parte. O que se passou na Ribeira Seca é algo que envergonha todos os seus cidadãos. E deve envergonhar qualquer força política pelo nível baixo e nojento a que se chegou. Não estou a imputar responsabilidades a nenhuma força política, muito menos ao PS. O que estou a dizer é que os Partidos devem estar juntos no combate a estas atitudes cobardes, baixas e sem rosto. Além do mais, quem fez essa carta revela pouca inteligência, para não dizer nenhuma! Não tem dois dedos de testa. Se queria prejudicar alguém, teve o efeito contrário. Que continue no seu buraco e não saia mais de lá.
Além da grande vitória do Décio (que, no entanto, não deve ser lida no mesmo sentido que a do Tó, por muitas razões que podem ser lidas neste blog recuando alguns post’s atrás), a Ribeira Seca deu uma grande vitória à Câmara. Justa, a meu ver. Nunca se invistiu tanto como nos últimos quatro anos nesta freguesia. Não reconhecê-lo, seria um sinal de hipocrisia.
A escolha do PS revelou-se, mortal. As pessoas já não compreendem nem aceitam vira-casacas (do PSD, Independente, e PS...). Para a próxima, o PS que seja menos oportunista - "critica o defendia, e chega mesmo a defender o que criticava”

Norte Pequeno: desolação. É a palavra que me vem à cabeça. Foi uma pena pensar que alguém que deu tudo à freguesia, José Pedro, teve agora uma derrota destas. Não me vou alongar sobre uma realidade que desconheço, mas por 2 votos se perdeu uma Junta. Veremos agora o que vai acontecer. Julgo, pelo que me transmitiram, que o Norte se vai arrepender da escolha que fez, dentro de muito pouco tempo.

Santo Antão: Grande vitória em toda a linha. Grande parte do mérito, diga-se, pertence ao Tony Aguiar. Ele tem feito um grande trabalho na freguesia e honra o PSD por isso. Esta vitória lembra-nos que todos são necessários no PSD. Mesmo que nem sempre estejamos no mesmo lado. A freguesia continuará a ter um excelente autarca que pode, se bem acompanhado, ir mais longe. Com tempo, com calma, com prudência.

Topo: Vitória à justa, mas, se calhar, por isso mais saborosa! Os vira casacas vêm nesta vitória um alerta para deixarem de ser oportunistas ou, pelo menos, parecerem não sê-lo. Jorge Miguel está sem dúvida de parabéns porque conseguiu aguentar uma Junta que estava dividida e sobre a qual existiam dúvidas de que continuasse a ser PSD. A equipa, renovada com a entrada do Emanuel (JSD), sentirá, no entanto, a falta de um elemento de grande valor e por quem tenho as maiores estimas: a Sara Marques (uma vez mais incansável nesta campanha - e, acima de tudo, alguém leal e com grande espírito de sacrifício).

Portanto, resumindo e concluindo: 4, das 5 Juntas, continuam nossas. A equipa da Câmara irá dar continuidade à boa impressão que demonstrou nos 6 meses em que Aires Reis esteve à frente da autarquia. Nas listas figuraram novos valores e jovens valores. Isso é muito importante. É assim que se preparam os novos rostos do PSD.



(O gráfico contém a comparação entre o nº de votos de 2005 e 2009 para a Câmara Municipal da Calheta - o acréscimo de votos em ambas as forças políticas justifica-se devido ao facto dos cadernos eleitorais terem aumentado em relação às últimas autárquicas)

Uma nota sobre as Velas: estou longe de tudo o que se passou. Em parte acredito que tenha havido menor organização. No entanto, são pecados capitais não existirem candidatos a 2 das 6 Juntas das Velas. Isso é mortal. As populações não perdoam, como se viu. Que sirva de lição para o futuro. O que disse há um ano atrás, acerca das regionais, mantém-se. As Velas precisam de reflectir e pensar o que querem para o futuro.


Se se justificar, voltarei a este tema.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Quem és tu miúda?

Apesar de David Fonseca estar a lançar um novo álbum (o cantor é dos meus favoritos), mais tarde colocarei um single dele. Para já, coloco aqui uma música que tem rodado muito na rádio e que acho engraçada.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Tomada de posse XVIII Governo Constitucional

"Não me movo por cálculos políticos. É a consciência que me interpela todos os dias no exercício das minhas funções. Os cargos públicos são efémeros, mas o carácter dos homens é duradouro. Não são os cargos que definem a nossa personalidade, mas aquilo que somos em tudo aquilo que fazemos."

Excerto do discurso do Presidente da República, Cavaco Silva, na tomada de posse do XVIII Governo Constitucional.
(sublinhados meus)

(Não cheguei a falar sobre o caso das escutas depois de ouvir o PR na sua anterior intervenção dedicada ao assunto; não me esqueci).

quarta-feira, outubro 21, 2009

Vi, fugazmente, no telejornal parte do vídeo que aqui coloco. Uma verdadeira prova de lealdade e amizade.



Não há grandes palavras a dizer. É verdadeiramente tocante.
Não só os leões, mas outros animais, como por exemplo os cães, desenvolvem verdadeiros instintos sentimentais, por vezes, muito, muito superiores aos sentimentos dos humanos. A nobreza dos sentimentos como a amizade e a lealdade valem tudo. A recordação também. E há animais que os têm. Seres humanos que não.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Em São Jorge :)

segunda-feira, setembro 28, 2009

Cavaco Silva e o caso das escutas.

Não acho que o caso das escutas tenha tido grande influência no resultado eleitoral. Há muito que já se vê o distanciamento de Cavaco, pelo menos público, em relação ao PSD pelo que uma jogada sua na tentativa de tirar o PS do Governo, para mim não colhe. Aliás, manter o PS no poder é-lhe favorável para conseguir a reeleição nas Presidenciais em 2011. O seu objectivo é pessoal e não passa pelo Partido que o catapultou.
Apesar de considerar que não teve influência nas eleições de ontem, porque as pessoas estão-se borrifando para o assunto (ou ignoram-no por acharem que se trata de politiquice), não é menos verdade que o assunto é gravíssimo. Gravíssimo! Grave em qualquer das versões. Quer se trate de uma "piadinha de Verão" como Sócrates assim o apelidou (ou mais ou menos, não me recordo do rigor das palavras) e que, a ser verdade, compromete toda a autoridade política e moral do Presidente, quer se trate de um caso com fundadas razões, fácticas, objectivas, reais. Neste caso, é preciso tirar consequências desta situação, como é óbvio. Não sei bem o quê. Mas se ,no 1º caso, não rejeitava a hipótese de demissão do PR porque, segundo a imprensa, ele quis, deliberadamente, prejudicar o PS e o Governo em favor do PSD, no 2º caso, o Governo tinha de ser destituído por estar a espiar a Presidência, o garante da Constituição, do Regime Político Português, a 1ª Figura do Estado.
Por tudo isto, amanhã, irei escutar com toda a atenção o que Cavaco Silva disser. Se a explicação tender para dizer que foi o assessor que actuou sem a sua autorização (é o mais comum, não é?), fico perplexo e profundamente desiludido e irritado com a actuação do PR. Porque não acredito neste sacudir de água do capote. Não sei o futuro, mas levará muito tempo a que volte a confiar na sua palavra. E eu levo (até amanhã, veremos) a sua palavra muito a sério, ainda pr'a mais depois do que aconteceu no Estatuto dos Açoresl, onde os Partidos comportaram-se de forma vergonhosa e humilhante para a República (na minha humilde opinião).

domingo, setembro 27, 2009

Aguentem-se!

Acho que o povo preferiu o circo, o espectáculo, a imagem, o show mediático, a porreiramente correcta jovialidade. Abanou a pandeireta quando ouvia a palavra fácil. A escolha foi uma, foi clara, não tão evidente como em 2005 mas isso em nada lhe retira legitimidade. Depois de muitas manifestações, muito protesto, muita crítica, muita crispação, muito descontentamento, muito muito muito... ficamos quase na mesma. O PM é o mesmo, o líder é o mesmo, o projecto é o mesmo.

Estou desanimado mas mais convicto do que nunca. MFL, com tantos defeitos era, ao mesmo tempo, alguém fora do sistema, que não vinha com nenhuma ambição pessoal, que falava verdade, que era séria, honesta e geralmente competente. Não era extraordinariamente competente. Mas personificava aquilo em que acreditava e acredito. Sempre foi uma referência para mim, e não é por hoje que deixa de o ser. Era íntegra, e repudiava toda a maquilhagem na política. Era a antítese do que temos. Foi derrotada, foi essa a decisão da Democracia. A Esquerda volta a estar em força. Façam bom proveito (nas palavras do João Gonçalves do Portugal dos Pequeninos)
Vai começar ou, já começou, lendo esta notícia, a caça ao osso (lei-se, disputa da liderança do PSD).
É bom que não se esqueça que falta disputar as autárquicas. E é muitíssimo importante conquistar a capital do país (além de, noutra dimensão, manter a da Calheta e Velas, claro...)

Hoje foi o dia

Estou francamente desiludido.

sábado, setembro 26, 2009

Mais ainda?

Eu sei que hoje é dia de reflexão e blá blá blá...
Enfim, como sou uma pessoa singular e não sou candidato a nada, bem posso dizer o que quiser no meu blogue pessoal que julgo não estar a violar alguma lei, senão a da correcta e porreiraça moral de quem precisa de um dia para saber o que escolher.
Na ronda diária pelos blogs, encontrei este post que me pareceu interessante:

O mundo da lua, o mundo onde vive o PS
Em Espanha, o primeiro-ministro propõe um aumento de impostos na ordem dos 1,5% do PIB para fazer face ao crescimento do défice orçamental. Em Inglaterra, todos (repito, todos) os principais partidos políticos debatem que despesas é que se irão cortar para lutar contra o défice orçamental. E em Portugal? Será que nos preocupamos com isso? Claro que não. Para quê? Afinal o défice do subsector Estado só subiu 154% nos 8 primeiros meses do ano.
Mas não faz mal. O dinheiro há-de dar para tudo. Para TGVs, para auto-estradas, para novos aeroportos, para ajudas às PMEs, para aumentar os salários acima da inflação, para Planos Tecnológicos, para para para...
É que, como sabemos, as regras que se aplicam aos outros não se aplicam a nós. E, se é assim, para quê nos preocuparmos?
Álvaro Santos Pereira

Retirado daqui
Há quem não tenha ainda a noção dos números. Eles são factuais, objectivos e, pior, alarmantes para a situação de Portugal. E quem nos colocou assim ou, melhor, quem não nos quer tirar deste estado de coisas tem nome e tem rosto: chama-se José Sócrates que prossegue o seu projecto de ambição pessoal a que já se rendeu o Partido a que muitos chamam da liberdade, do 25 de Abril... o Partido Socialista. Resta-nos, informados cidadãos, tirar do poder o querido líder (na expressão do autor do Portugal dos Pequeninos). É já amanhã.

sexta-feira, setembro 25, 2009

teste, teste, um dois, um dois

O próximo domingo será um teste à memória dos portugueses sobre tudo aquilo que sucedeu no país e no governo nestes últimos 4 anos e meio. As promessas feitas e por cumprir, o amordaçar da contestação, a incapacidade das reformas, o aumento do desemprego e a descida do poder de compra. E ainda a fuga do investimento estrangeiro, o fechar das empresas e fábricas, o encerramento das urgências, a guerra aberta com os professores, a inexistência de uma política cultural, a incapacidade de mexer na Lei das Rendas, o instinto controleiro à base de chips e cartões únicos, o negócio dos contentores, as dívidas por pagar no reverso do instinto cego de cobrança e muito mais.

Nada mudou desde a fase do Prozac às caixas, quando Sócrates e os socialistas clamavam que tudo estava bem no melhor dos mundos, até à seguinte, desculpabilizando-se por tudo devido a uma crise que foram os últimos a reconhecer e a admitir.

O próximo domingo será um teste à capacidade dos portugueses de confronto com a realidade. Mas também uma prova à confiança na sua própria capacidade transformadora para a criação de um futuro melhor do que aquele que se antevê.

Os eleitores, no momento de depositar o voto na urna, serão crescidinhos ou optarão por continuar a adormecer com histórias de embalar. Depois não venham é queixar-se quando a história não tiver um final feliz.

João Villalobos

(sublinhados meus).

Retirado daqui


segunda-feira, setembro 14, 2009

A memória não é assim tão curta

Há coisas que é preciso não esquecer...

Notícia do Diário Insular, de 20/03:
Vereador da Calheta pode perder mandato

Vereador socialista da Câmara Municipal da Calheta de São Jorge, Rogério Veiros, corre o risco de perder o mandato por ter alegadamente excedido o limite de faltas injustificadas permitidas.Rogério Veiros, que também é deputado socialista na Assembleia Legislativa, viu-se confrontado com uma queixa feita ao Ministério Público, por parte do presidente da autarquia da Calheta, o social-democrata Duarte Silveira, segundo a qual o vereador terá ultrapassado, em 2006, o limite de faltas permitido durante todo o mandato. Agora, o vereador socialista recebe a notificação do Tribunal Administrativo a dar conta da suspensão do mandato, caso não justifique as faltas e contesta a decisão.Rogério Veiros afirmou ontem ao “que já contestou a queixa feita por Duarte Silveira, porque “não concordo com os factos apresentados, nem tampouco espero perder o meu mandato”.“Aguardo serenamente a resposta do Tribunal Administrativo à minha contestação e estou convicto de que irei cumprir o meu mandato até ao fim, mesmo contra a vontade do PSD”, sustenta o vereador socialista, para quem “a decisão do Tribunal Administrativo é que irá definir se há ou não perda de mandato”.Por outro lado, Rogério Veiros salienta que, como deputado regional, teve de se ausentar algumas vezes da ilha de São Jorge, o que contribuiu para aumentar o número de faltas na vereação da Câmara da Calheta.No seu entender, a questão que se coloca agora é “se essas faltas podem ser ou não consideradas injustificadas. E é isso que o Tribunal Administrativo vai definir”.Uma coisa é certa. Se o Tribunal Administrativo confirmar que as faltas do vereador socialista são injustificadas e se Rogério Veiros acabar por perder o mandato por via, será a primeira vez que uma situação do género acontece, pelo menos nos Açores.Até ao final do dia de ontem, obter uma reacção do presidente da Câmara Municipal da Calheta de São Jorge sobre esta questão.
O que quero aqui sublinhar é... quem quer ser Presidente de um Município, tem, no mínimo, de estar presente nas questões da Câmara. A justificação usada "como deputado regional, teve de se ausentar algumas vezes da ilha de São Jorge" não colhe porque então, se o facto de ser deputado o impede de cumprir a sua obrigação que é a de estar presente nas reuniões, então escolha: ou deputado ou vereador. Uma coisa é certa. O actual Presidente e candidato, Aires Reis, também ,à data , era deputado regional e vereador e nunca uma situação destas se verificou.

É bom não esquecer estas coisas...

sexta-feira, setembro 11, 2009

Cada pérola melhor que a outra

Retirado do Jamais

Carolina Patrocínio deu hoje uma entrevista ao "i", toda ela cheia de conteúdo programático do Partido Socialista. Terá sido a tentativa do PS em compor um pouco a imagem à sua mandatária da Juventude. Mas algo falhou nessa entrevista. A dada altura, Patrocínio diz: "para as legislativas votei sempre PS". Nada de anormal teria esta resposta não fosse o caso dela ter nascido a 27 de Maio de 1987, e as últimas eleições legislativas terem sido a 20 de Fevereiro de 2005, quando ela apenas tinha 17 anos. Terá sido um lapso da parte dela ou quem lhe elaborou o guião esqueceu-se desse pequeno pormenor?

(foto tirada da net)

sábado, setembro 05, 2009

Liberdade de imprensa e de opinião

Retirado de um dos comentários do Público

António Barreto, artigo de opinião no Público, Janeiro de 2008:
"Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu Governo. O primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas. Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo…"

domingo, agosto 30, 2009

Alguém duvida?

Manuela Ferreira Leite em Castelo de Vide: «Chegamos ao fim desta legislatura com o sabor amargo da oportunidade perdida, dos combates desgastantes e, quantas vezes, estéreis (...) Nestes quatro anos e meio, o Estado transformou-se de modo insustentável numa máquina ao serviço do poder e dos que o ocupa, dos que protege e dos que lhe são submissos, com raras e honrosas excepções que só confirmam a regra (...) Criou-se um ambiente de intriga e de falsas verdades, diluíram-se pilares da sociedade como a família e o casamento, para impor a vontade da lei onde devia prevalecer a liberdade individual, a coberto de proteccionismos pseudo-esclarecidos, entrando-se no declínio e na erosão dos valores cívicos e éticos.»
Excerto retirado daqui
(sublinhados meus)

quarta-feira, agosto 26, 2009

Silly season

Estas declarações só podem ter sido produzidas para fazer rir às gargalhadas a pessoa com menor sentido de humor nos Açores.

Carlos César sublinha o sucesso do transporte marítimo de passageiros nos Açores


Terça-Feira, dia 25 de Agosto de 2009 às 14:55

O presidente do Governo dos Açores considerou no inicio desta semana que a operação de transporte marítimo de passageiros tem decorrido muito bem este ano, “tão bem que, em todas as rotas, se tem transportado mais passageiros do que em qualquer ano anterior”, incluindo o transporte para as festividades tradicionais em várias ilhas.

Afirmando haver uma “hipersensibilidade associada à operação do transporte marítimo de passageiros – e, portanto, uma avaria numa porta, numa válvula, merece sempre destaque jornalístico” – Carlos César frisou o sucesso da operação, não obstante percalços técnicos que não podem ser imputados à empresa e muito menos ao Governo Regional.
“É muito fácil, quando se parte uma porta, dizer que o Governo Regional tem culpa porque se partiu uma porta. E a oposição, porque tem poucas coisas para dizer, repete isso ou faz repetir isso, nos órgãos de comunicação social que lhe são afectos”, disse.

Quanto à operação do próximo ano e á solução definitiva e estrutural para o transporte marítimo de passageiros, revelou que estão a ser estudadas – estando a decorrer contactos com os estaleiros de Viana do Castelo resultantes do contrato ainda existente com aquela empresa –, após o que o Governo Regional dará a conhecer as decisões que tomar.


terça-feira, agosto 18, 2009

O exemplo de Carolina Patrocínio

"Odeio os caroços nas frutas. Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim. E uvas sem grainhas. É uma trabalheira”

É um pouco estranho recorrer vídeos do BE para postar aqui no blog. Mas, no caso, parece-me que vale a pena colocar aqui o apanhado:



A rapariga que se vê nas imagens chama-se Carolina Patrocínio e é a mandatária do PS para a Juventude. Espera-se que ela seja um exemplo para os milhares de jovens deste país. Que tenha umas ideias para o país. Não lhe foi dada ainda uma oportunidade para se revelar, é verdade. Mas só pelo que já se sabe dela, não parecem existir dúvidas de que se trata de uma rapariga escolhida porque é gira, conhecida e porque está na TV todos os dias. Pouco. Muito pouco. Assim, melhor tinham escolhido a Joana Amaral Dias que além de gira tem ideias e personifica exactamente aquela superioridade moral típica da esquerda. Não que goste das ideias dela. Mas ao menos ela as tem.

domingo, agosto 16, 2009

O PS e o Governo, o Governo e o PS

Roubado legitimamente daqui (burgalhau.blogspot.com)

"É uma realidade que nas ilhas onde o Governo Regional não está sedeado, os deputados funcionam como elos de ligação entre o poder político e a população em geral trabalhando pela concretização do projecto e das promessas sufragadas no último acto eleitoral. Assim, em nome do Partido Socialista, do Governo Regional e do Grupo Parlamentar do PS, os deputados do Partido Socialista eleitos por S. Jorge podem afirmar: Missão cumprida."

Esta "pérola" foi dita ontem, em intervenção em plenário, pelo "deputado" Rogério Veiros eleito por S. Jorge.

É aliás a "doutrina" reinante no Grupo Parlamentar do PS e, por conseguinte, unânime na acção politica destes titulares de cargos políticos.

Cito, para os Srs. Deputados do Partido Socialista que nunca o leram, o Estatuto Politico Administrativo dos Açores:

Artigo 11º.

Definição

A Assembleia Legislativa Regional é o órgão representativo e legislativo da Região e fiscalizador da acção governativa.

Artigo 12º.

Composição

A Assembleia Legislativa Regional é composta por Deputados, eleitos mediante sufrágio universal, directo e secreto, de harmonia com o princípio da representação proporcional e por círculos eleitorais.

Não se compreende pois, como podem deputados falar em nome do Governo, quando deviam, como representantes do povo, ser o seu fiscalizador.

Por outro lado, onde estiver sedeado o Governo Regional, os deputados do PS para nada servem - Rogério Veiros dixit

terça-feira, julho 28, 2009

Uma boa medida

Alunos do 1º ciclo com fruta e legumes gratuitos nas escolas

Segunda-Feira, dia 27 de Julho de 2009 às 15:45

Os Açores participam num programa comunitário de distribuição gratuita de frutas e legumes nas escolas, destinado a incutir melhores práticas alimentares, já a partir do próximo ano lectivo.

Dos 27 estados-membros, Portugal foi um dos 24 que decidiu participar, já neste primeiro ano no novo Regime de Fruta para as escolas.

Desde Maio, um grupo de trabalho, constituído por elementos dos Ministérios da Educação, Saúde e Agricultura e representantes dos Governos dos Açores e da Madeira, prepara a estratégia nacional para aplicação da medida.

Visando estimular bons hábitos alimentares nos jovens, a iniciativa integrará, para além da distribuição da fruta, um conjunto de actividades formativas, preparadas em estreita articulação entre as tutelas da Educação e da Saúde.

Rádio Lumena

Sem dúvida, uma medida muito positiva. Os hábitos alimentares começam também na Escola. E era bom que depois que os jovens (nossos jovens é uma versão muito paternalista) levassem esses bons hábitos para casa. É que os pais, por vezes, são piores que os filhos..

sábado, julho 25, 2009

sjz

Em casa! :)

quinta-feira, julho 23, 2009

Férias precisam-se!




O autor deste blog tá a precisar de férias.

terça-feira, julho 21, 2009

Porque é justo dizê-lo...

São Jorge já conta com quatro postos da rede RIAC

Sexta-Feira, dia 17 de Julho de 2009 às 10:25
Foi ontem inaugurado, na freguesia do Topo, ilha de São Jorge o 42º posto de Atendimento ao Cidadão da RIAC (Rede Integrada de Apoio ao Cidadão). Com a inauguração deste Posto a ilha de São Jorge passa a estar dotada de 4 postos, o que para Sérgio Ávila, vice-presidente do Governo, é representativo do objectivo estratégico da RIAC, ou seja, “estar mais perto de todos os açorianos”.
Falando na cerimónia de inauguração, o governante salientou que, a inauguração do Posto na freguesia do Topo, vai permitir servir mais e melhor os jorgenses.
A inauguração do posto da RIAC na freguesia do Topo assume ainda, segundo Sérgio Ávila, um papel histórico, “trazendo diariamente de volta ao Topo que, foi concelho até 1870, a administração pública e os diversos serviços a ela associados”.

Já há algum tempo que tinha tomado conhecimento da notícia mas não a tinha colocado cá no blog. Faço-o porque me parece de inteira justiça referi-lo. A criação dos post RIAC é um assunto que já comentei (basta ver o arquivo do blog) dizendo, basicamente, que achava que estes apenas deviam ser abertos em locais onde não existiam serviços públicos capazes de desempenhar os mesmos serviços, ou, pelo menos, semelhantes. Logo, dizia, não se compreendia que se abrissem centros RIAC em locais com estruturas já criadas, nos maiores centros, a saber, por exemplo, Velas e Calheta. Por isso, é de salutar que tenham aberto um posto RIAC na vila do Topo, onde de facto se justifica por forma a que os cidadãos tenham um mais facilitado acesso aos serviços públicos.