domingo, março 11, 2007

Sensatez


Na última semana, saíu a público a notícia do cancelamento das consultas do médico César Gonçalves, no Topo, passando a população desta freguesia a ter de se delsocar a Santo Antão para os cuidados médicos.
Para os que não conhecem, a distância Topo - Santo Antão, dista apenas 2, 3 km, tal como Ribeira Seca - Calheta; Norte Pequeno - Calheta; ou Loural-Calheta. Ou seja, a distância entre o Centro de Saúde e a população na zona da Calheta, e na zona do Topo é igual.
Qual a razão do protesto? Eu também não tenho um Posto/Centro de Saúde à porta de casa. Tenho de me deslocar.
O que são 2/3 km para se aceder a consultas médicas gratuitas? Nada. Comparado com as outras milhares de pessoas do interior do país que têm de percorrer dezenas de km e esperar meses para terem acesso aos cuidados de saúde. Não querendo estar a ofender a população, que está a defender os seus direitos, parece-me pouco sensato invocar o direito à Saúde e outras demais garantias que são embandeiradas quando as pessoas estão mal habituadas. Até porque, o posto da Farmácia, está situado em Santo Antão levando assim as pessoas com consulta no Topo a ir à freguesia vizinha comprar os fármacos.
O Concelho da Calheta conta com 2 médicos. Cada um tem uma carga horária de 12 horas de presença física e outras 12 horas de prevenção. Parece-me, portanto, "desumano" como afirmou o Dr. César à Radio Lumena, exigir que esta situação se mantenha tendo em conta que o referido médico assumiu a liderança da Unidade de Ilha tendo, naturalmente, de dispensar horas de trabalho para a sua gestão.

Esclarecimento:

Devido ao facto de ter havido uma má interpretação das palavras que aqui se encontravam, pretendo fazer o seguinte esclarecimento:

- Foi com base numa só perspectiva que abordei a seguinte situação, pelo que (e assumo o erro!) devia ter recolhido melhor os factos para depois me poder pronunciar; Nomeadamente ao facto do PSD ter tomado posição sobre o assunto (efectivamente não tomou) e ao facto das Junta de Freguesia do Topo poder minimizar o dano colocando à disposição uma carrinha. Não tem qualquer ter competência para tal, porque o problema foi criado pela Unidade de Saúde, pelo que deveria ser esta a tomar medidas para reduzir os transtornos que determinada alteração iria provocar - e deveria, além do mais, ter comunicado a intenção de cancelar consultas no Topo com antecedência, explicando, convenientemente e atempadamente o porquê da mudança. Aí, a teria havido certamente uma maior compreensão e aceitação por parte da população. Reitero, contudo, na íntegra, os parágrafos e ideias acima;

-Nunca quis dizer que o PSD ganha eleições à custa dos idosos ou à custa de Topo e Santo Antão. O que é facto, indismentível, é que o PSD NUNCA perdeu a Câmara Municipal da Calheta desde que a Democracia foi instaurada, pelo que há uma maioria alargada de eleitorado (de TODAS as Freguesias) que subscreve as propostas e ideias do PSD; e o que referi relativamente aos idosos foi porque sendo pessoas com maiores necessidades de Saúde, seriam mais atingidos com esta mudança e portanto teriam mais dificuldades em compreender quem lhes retirasse um direito (adquirido) por mais que fossem as razões apresentadas.

-Nunca, em alguma circunstância, quis minorizar a população das freguesias de Santo Antão e Calheta. Tenho por elas, como por todas as outras, um enorme respeito.

Peço desculpa se tal comentário não foi devidamente explicado por mim.
Tentaram fazer dele uma tentativa de manipulação política para recolherem dividendos. Tenho ideias próprias e assumo-as! Saibam é contextualizá-las e não manipulá-las.
Assumi a leviendade com que abordei a questão. E não admito sequer que questionem a minha militância ou princípios. Ainda pra mais quando são os próprios vira-casacas a cuspirem no prato onde comeram.

(Agradeço que os, eventuais, comentários que forem colocados, sejam identificados. A bem da verdade e da integridade. Eu assumo as minhas ideias. Os meus erros também.

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