
"Mais vale uma lágrima por ter perdido, do que uma vergonha por não ter tentado..."
Profundo não é? :)
Blog de tudo e de nada...
Carta de Despedida enviada aos militantes da JSD/São Jorge
Passados um ano e quatro meses, sensivelmente, apresento a minha demissão da Presidência da Comissão Política de Ilha da JSD São Jorge. Faço-o por imperativos de ordem pessoal. Sigo o percurso de muitos estudantes que, após a conclusão do Ensino Secundário, prosseguem os estudos na Universidade.
Entendo que apesar de não existir qualquer norma estatutária que exija a demissão nestes casos, não desejo nem considero saudável e correcto permanecer como responsável pela JSD São Jorge estando ausente, longe da realidade, dos problemas da nossa Juventude e longe do ambiente político. Tomo a decisão que penso ser a mais aconselhável para ambas as partes.
Durante o tempo em que estive à frente dos destinos da JSD São Jorge não fizemos tudo o que desejávamos, confesso-o, haveria muito mais a fazer como sempre há. Fizemos, sim, aquilo que tivemos capacidade para fazer. Desde o combate à desertificação como primeira prioridade, à campanha de Solidariedade no Natal, ao Baile de Finalistas para homenagear todos os estudantes, à fundação da JSD Triângulo, aos comunicados do início do novo ano lectivo, sobre as Associações Juvenis e Dia Mundial da Juventude, penso que tivemos sempre posição e atenção para com os variados assuntos que faziam actualidade. Mais, a nível partidário sempre tivemos com a JSD Açores o melhor dos relacionamentos, porque acreditámos, em todos os momentos, nas pessoas que estão à frente da maior organização de Juventude partidária da Região.
Há lugar agora a novas eleições. Participadas, espero. Dia 12, espero contar com a opinião dos militantes que constituem a JSD. Espero que seja feito um balanço deste curto mandato que permitiu, acredito, relançar a JSD na Sociedade. Um muito obrigado a vós que existem, e à equipa que até aqui me acompanhou.
Não importa de quem é a responsabilidade, se das autarquias se do governo, se de ambos ou se simplesmente de todos com a sua gente, mas é justo reconhecer e louvar o que se fez nos últimos anos na ilha do Pico. Depois dos dois horrores (agora remediados) que são os hotéis da ilha, parecia que o destino condenara a Ilha Montanha à eterna condição de “quintal” rasca do Faial ou, quanto muito, a “postal” da Horta, como sempre. Felizmente, tudo indica que o Pico parece ter encontrado o caminho certo que o diferencia e autonomiza da “tutela” dos vizinhos. Saibam os responsáveis continuar a manter: as estradas tão boas como estão, a opção por um urbanismo bem enraizado nas linhas e materiais tradicionais, conservar a paisagem natural e a humanizada e incentivar o aparecimento de mais unidades de alojamento em espaço rural como as que já existem…se assim acontecer não tenho dúvida que o “coração” do turismo dos Açores, o do bom gosto e da qualidade, assenta definitivamente arraiais por aquelas bandas. No Pico, conheci este ano o melhor sítio dos Açores para receber visitantes, o “Pocinho Bay”, fora o “Bay”, é do melhor que se fez em matéria de oferta de alojamento nos Açores. É uma referência, inimitável obviamente, mas da qual se deveriam retirar muitas conclusões. Um caso de estudo! O Pico, que está a nascer, tem ainda uma fundamental vantagem, é que pode aprender, cá mesmo nos Açores, o que é o caminho errado, o que não interessa, com o desastroso caso de S.Miguel…salvo raríssimas excepções, que as há!
ESTÊVÃO GAGO DA CÂMARA
12 de Agosto 2007| Açoriano Oriental
Carta Aberta de Moita Flores