Não importa de quem é a responsabilidade, se das autarquias se do governo, se de ambos ou se simplesmente de todos com a sua gente, mas é justo reconhecer e louvar o que se fez nos últimos anos na ilha do Pico. Depois dos dois horrores (agora remediados) que são os hotéis da ilha, parecia que o destino condenara a Ilha Montanha à eterna condição de “quintal” rasca do Faial ou, quanto muito, a “postal” da Horta, como sempre. Felizmente, tudo indica que o Pico parece ter encontrado o caminho certo que o diferencia e autonomiza da “tutela” dos vizinhos. Saibam os responsáveis continuar a manter: as estradas tão boas como estão, a opção por um urbanismo bem enraizado nas linhas e materiais tradicionais, conservar a paisagem natural e a humanizada e incentivar o aparecimento de mais unidades de alojamento em espaço rural como as que já existem…se assim acontecer não tenho dúvida que o “coração” do turismo dos Açores, o do bom gosto e da qualidade, assenta definitivamente arraiais por aquelas bandas. No Pico, conheci este ano o melhor sítio dos Açores para receber visitantes, o “Pocinho Bay”, fora o “Bay”, é do melhor que se fez em matéria de oferta de alojamento nos Açores. É uma referência, inimitável obviamente, mas da qual se deveriam retirar muitas conclusões. Um caso de estudo! O Pico, que está a nascer, tem ainda uma fundamental vantagem, é que pode aprender, cá mesmo nos Açores, o que é o caminho errado, o que não interessa, com o desastroso caso de S.Miguel…salvo raríssimas excepções, que as há!
ESTÊVÃO GAGO DA CÂMARA
12 de Agosto 2007| Açoriano Oriental
Fosse este o exemplo seguido pelas ilhas do Triângulo e por todas as outras. Cada vez acredito mais que o sector do Turismo, pode no futuro se criadas as condições propícias para isso, assumir um protagonismo na economia comparável ao negócio agrícola, principal actividade económica dos Açores. Contudo, o que na verdade temos, de facto, é uma licenciada em Psicologia à frente da Direcção Regional do Turismo, o que convenhamos, por mais conhecimento que se tenha, não ideal a nível técnico especializado que esta área exige e que os Açores merecem.
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