terça-feira, março 03, 2009

Novidades eleitorais?

Do lado dos sociais-democratas as listas já estarão mais adiantadas e também com algumas surpresas - de acordo com as informações apuradas pelo AO. Duas delas mais do que prováveis em São Miguel relacionam-se com as candidaturas à Ribeira Grande de Filomeno Gouveia, vereador no tempo em que era presidente de câmara António Pedro Costa; e de Rui Ramos (deputado e dos TSD) à Lagoa, por troca com o actual líder da concelhia, Paulo Borges. Os outros nomes sociais-democratas na maior ilha são recandidatos: Berta Cabral em Ponta Delgada, Rui Melo em Vila Franca do Campo, Francisco Álvares na Povoação e José Carlos Carreiro no Nordeste. Na ilha Terceira avançam os dirigentes concelhios do PSD: António Ventura no caso de Angra do Heroísmo e Berto Cabral na Praia da Vitória. A situação repete-se no Faial, com Luís Garcia a candidatar-se à autarquia da Horta. No Pico recandidatam-se os actuais titulares do poder local na ilha montanha: Jorge Rodrigues na Madalena, Luís Filipe em São Roque e Sara Santos nas Lajes. Nas Velas de São Jorge, a dúvida subsiste em saber se quem irá concorrer será o deputado Mark Marques ou o actual autarca Luís Silveira [ há um erro do jornal: deve ler-se António Silveira e não Luís Silveira]. Na Calheta, deverá avançar o actual presidente de câmara, Duarte Silveira, o mesmo acontecendo em Santa Cruz da Graciosa (José Aguiar) e Lajes das Flores (João Lourenço). Por Vila do Porto deverá candidatar-se a deputada e líder da concelhia, Aida Santos. Do lado do PSD, não está ainda definido quem irá correr pelo partido em Santa Cruz das Flores e Vila Nova do Corvo. ||
Açoriano Oriental, 4 de Março 2009


Sabendo que ainda haverão eleições para as Comissões Políticas Concelhias e também, para a Comissão Política de Ilha (que aqui, paras autárquicas terá um papel reduzido), este cenário avançado pelo AO não parece ser o mais real porque muito pode mudar. Muito, ou não..
Para a Calheta ao que se sabe existem duas listas para a Comissão Política Concelhia(ou ainda haverá uma 3ª, da "velha guarda"): uma a oficial, de quem se recandidata no Partido e que se pretende recandidatar na Câmara (pelo menos o candidato..); outra, a reaccionária, tendo como mote a renovação (tema que aqui defendi), mas que, a meu ver, é defendido pelas pessoas erradas (ou algumas delas). Explicando, e correndo o risco de isto não ser bem encaixado: para as pessoas candidatarem-se a alguma coisa, têm de mostrar alguma coisa. É preciso curriculum, historial, algo feito, politicamente, Além de que o processo de aproximação de certas pessoas ao PSD não é um processo claro (nem é, ao que se sabe, um processo recomendável). E mais: é estranho que certas pessoas que politicamente subiram à custa ou com a promoção de outras, venham agora voltar-se contra quem os ajudou, acusando-os de ocupação prolongada no poder (expressão minha). É incoerente e oportunista. Mas aqui o problema não é só destes. É também de quem os fez criar expectativas de que poderiam chegar mais longe. E, por isso, a culpa não morre solteira.
Quanto às Velas, não deverá existir mudanças. A hipótese sugerida pela notícia não tem correspondência com a realidade.

Política e vida privada não devem misturar-se, é verdade. Mas nenhum cidadão não pode deixar de ter o direito de exigir que o político seja um homem íntegro, honesto e com padrões éticos. E um dos valores que separa a Direita da Esquerda é, efectivamente, o mérito e o esforço (de Direita). O pior, é se aqueles que hoje estão na Direita, nunca deveriam ter saído da Esquerda..
Mas também sabemos que no poder local, muita desta teoria é, na prática, enviada para um caixote do lixo.

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