Compra da conserveira de S. Jorge formalizada dia 20
Quarta-Feira, dia 07 de Janeiro de 2009 às 23:05As escrituras de aquisição pelo Governo dos Açores, através da empresa de lotas, Lotaçor, do capital social das empresas “Stª Catarina – Indústria Conserveira, SA” e “Companha – Sociedade Pesqueira, Lda”, ambas sediadas no concelho de Calheta, têm assinatura agenda para dia 20.
Segundo o vice-presidente do Governo, a aquisição das duas empresas terá um valor financeiro “simbólico, fruto da assumpção por parte da Região de todo o activo e passivo” respectivos.Na sequência do processo de compra, foi convocada para dia 30, a Assembleia-Geral da empresa que vai eleger os novos órgãos sociais e definir a nova estratégia de recuperação, prevendo-se o reinício pleno da actividade da fábrica de Santa Catarina na primeira quinzena de Fevereiro, indicou Sérgio Ávila.
Garantiu, também, que vai ser “regularizada a situação laboral dos trabalhadores mantendo todos os postos de trabalho”.Segundo acrescentou, “já decorrem negociações com entidades financiadoras por forma a podermos, o mais cedo possível, reestruturar o passivo da empresa e dotá-la de uma nova estratégia que, a breve trecho, vai permitir a sua viabilidade económico-financeira”.
A retoma da actividade da empresa em Fevereiro prevê, ainda, um novo acordo de fornecimento de matérias-primas e subsidiárias, “também em negociação neste momento e uma nova estratégia comercial e de promoção dos produtos da empresa”, explicou.Para Sérgio Ávila, a recuperação da Santa Catarina e a “inevitável intervenção do Executivo açoriano têm um carácter excepcional no contexto da intervenção da Administração Regional no sector empresarial”.
A aquisição das empresas “Stª Catarina – Indústria Conserveira, SA.” e “Companha – Sociedade Pesqueira, Lda.” justifica-se pelas graves consequências económicas e sociais que o encerramento destas iria provocar na ilha de S. Jorge e na Região, nomeadamente “a redução da capacidade de exportação da economia regional, a concentração quase monopolista deste sector de actividade e o aumento muito significativo do desemprego numa ilha que deve beneficiar de políticas especiais de coesão”, insistiu.Sérgio Ávila garantiu, ainda, que além da manutenção de mais de uma centena de postos de trabalho, a recuperação da empresa de conservas de Santa Catarina “representa uma oportunidade de negócio economicamente viável e potenciadora de importantes contributos nos mercados regional, nacional e internacional, pretendendo o Governo dos Açores, após a recuperação económica e financeira da empresa, voltar a alienar a sua participação pública, tal como aconteceu no passado em relação à aquisição e venda da participação da Lotaçor no capital social da Cofaco, SA”,
Rádio Lumena
Na sequência da notícia que aqui (em 27 Nov. 2008 - tou com dificuldade em linkar o post) referenciámos, é natural que alguma coisa tinha de acontecer. Fico mais satisfeito e descansado com o facto dos postos dos trabalhadores e a sua situação laboral ficar regularizada, com a mudança de patrão. Passa a ser o Governo, através da Lotaçor em vez de ser o Grupo Leovigildo, a gerir a Sta. Catarina. Não é a melhor solução (a melhor seria um grupo privado, competente e interessado na exploração da Fábrica), mas é a possível, até porque tenho por princípio que o Governo não deve imoscuir-se na vida das empresas em condições normais, princípio que não se aplica neste caso, dado a grave situação que em caso de falência a Fábrica poderia provocar. O governo salvou uma empresa, e fê-lo, neste caso, repito, dada a grave situação, bem.
Agora, o que gostava de saber (e se já se sabe, agradeço que me elucidem), é:Apenas por curiosidade...
- O que significa, em termos de valores concretos, a "a aquisição das duas empresas terá um valor financeiro “simbólico, fruto da assumpção por parte da Região de todo o activo e passivo” respectivos. Isto é e simplificando: quais foram os encargos para a aquisição destas empresas?
sábado, janeiro 10, 2009
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1 comentário:
Para istou andou o Leovigildo a apoiar a candidatura do Carlos César...
Segue-se o Fumeiro de Santo Antão!
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