Em Portugal, a criação da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) tutelada pelo Estado novo, foi o ponto de partida para o nascimento de uma nova forma de comunicação – a televisão.
Se por um lado, a televisão abre novos horizontes, tem um papel fundamental na comunicação, na transmissão da mensagem, na ligação dos quatro cantos do mundo, permitindo saber, no mesmo instante, no mesmo segundo, o que se passa no outro continente, por outro lado, a excessiva dependência dos cidadãos pela televisão, que não aposta só na informação, mas também no entretenimento (por vezes sensacionalista e mediático, acarreta, evidentes, problemas sociais e culturais.
É um dado estatístico que os Portugueses passam demasiadas horas em frente ao televisor. Seja pelas novelas, pelo futebol, pelos reality shows (o ponto negro de uma televisão mas que rende audiências brutais) pelos noticiários, é indiscutível o poder de influência deste meio que chega, hoje em dia a todas (ou a quase todas, sem sombra de dúvida) as casas. Um dia, Emídio Rangel, ex- Director de Informação da SIC e da RTP, afirmou que a televisão tem o poder de vender um político, mais concretamente um presidente da República, da mesma forma que vende um sabonete. Ora, esta declaração, partindo de quem conhece, quase como ninguém, o meio é alarmante. Por aqui percebemos de facto, a maciça influência que tem a televisão.
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Tal como tudo, existem os dois lados, positivo e negativo, na utilização da TV. Eu, pessoalmente, acredito que a televisão tem mais factores positivos que negativos. É um facto que ambos existem, mas é facto também que como cidadãos de uma sociedade de informação e de uma “era tecnológica” será muito difícil acompanhar este processo evolutivo sem o contributo, fundamental, da Televisão. Uma Democracia assenta na liberdade individual, pela escolha, pelo poder de decisão conferido a cada um de nós. Cabe a nós, exercer essa cidadania ou praticar essa Democracia com prudência, é claro!"
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