Primeira semana da aulas

Por quem passasse na EB 2,3/S Padre Manuel Azevedo da Cunha esta semana, veria certamente este cenário a acontecer variadas, e repetidas, vezes no mesmo dia. Apresentações, professores em acções de formação no início do ano lectivo (como tal pode ser possível!), tudo componentes que ajudam a pintar a situação das milhares escolas Portuguesas. Se se pretende diminuir as elevadas taxas de insucesso escolar, não é certamente por este caminho que devemos trilhar.

Quem sofre, invariavelmente e sucessivamente, são os alunos. Por culpa própria, admito (muitos são irresponsáveis, preguiçosos, a "pastar" simplesmente); por culpa dos professores acabados de sair da Universidade cujos métodos não mudam, apenas inovam (a memorização supera a racionalidade individual); ou por outro, por culpa dos admnistrativos, directivos (agora, por capricho, executivos) que vêm nos lugares de direcção, um ninho onde se acomodam quando deveriam estar mais atentos, e viver de vez em quando, a verdadeira realidade escolar. Não é preciso ir muito longe para se constatar essa triste situação.

Por mais que se tente, é dificíl inverter estas conjunturas. Por mais que não se queira, aplica-se muito bem o cliché "a vida continua". Mas a vida dos milhares de estudantes é que bem, mal, pode não continuar nos estudos.